Redenção

 

“Eu te disse que tava tarde, mas você insistiu em vir mesmo assim.

Tava todo mundo dormindo, então te fiz pular a janela, porque era menos perigoso – e sim, mais interessante.

A iluminação do meu quarto era uma coisa muito gostosa, você adorava e sempre dizia que era perfeito. Realmente, ficava um clima lindo, suave, sereno. Propício demais para nós dois sozinhos na madrugada.

A proposta era só você vir me ver, porque a gene tava com saudade. Então você deitou comigo na cama e começou a me contar do seu dia, disse o quanto você tava cansado do trabalho e bolado com seu amigo – vocês tinham brigado feio – e que tudo o que você queria era aquele momento. Então eu te fiz relaxar, te falei aquelas minhas bobagens das quais você sempre dá boas risadas. Mas nós dois juntos é sempre um tesão, um tesão repentino.

Então você me beijou suave, mas com vontade. Segurou minha nuca e foi me deitando. Com delicadeza foi baixando a alça do meu pijama, mas lembrou que ainda tinha muito de mim pra acariciar. Então pegou uma das minhas coxas e puxou meu corpo pro seu. Sua mão direita segurava meu cabelo, enquanto a gente se beijava. Sua mão esquerda subiu até minha barriga, segurou minha cintura, você me olhou nos olhos e me deu um sorriso torto cheio de intenções. Então fui pra cima de você, coloquei suas mãos onde queria que elas ficassem e você se surpreendeu com todas as coisas que eu te disse no ouvido, aquela sua risada, eu pude sentir a satisfação e a safadeza.

A gente pode não se ver muito e se falar pouco, mas quando estamos juntos, é como se já fossem anos. E pode curtir, pode vir, porque esse momento é todo seu.”

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